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"Crescendo no Conhecimento da Palavra"


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quinta-feira, 22 de abril de 2010

SEU ÚLTIMO MANDATO...NOSSA PRIMEIRA PRIORIDADE

SEU ÚLTIMO MANDATO...
NOSSA PRIMEIRA PRIORIDADE

O nosso Senhor Salvador antes de ascender aos céus nos deixou o seu último mandato: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura...” e dele fazemos nossa primeira prioridade. Certamente que todo aquele que foi regenerado, lavado e remido pelo Sangue do Cordeiro tem infalivelmente em seu coração um intenso desejo de ser usado como instrumento de Deus em prol das Boas Novas de Salvação. Porém, as tristes estatísticas nos revelam uma outra realidade, onde aproximadamente 95% dos salvos em Cristo nunca, jamais, se colocaram como instrumentos de Deus para que pessoalmente alguém chegasse aos pés do Senhor.
Faça parte de algo que esta revolucionando e impactando o mundo com o Evangelho. Também participe do discipulado de algum recém convertido, uma vez que, certamente teremos muitas pessoas levadas a Cristo que necessitarão ser acompanhadas e consolidadas no caminho do Senhor.
“Grande é a Seara e poucos são os trabalhadores”.
Que Deus possa nos incomodar a fim de que possamos dizer-lhe: “Eis me aqui Senhor, usa-me a mim”, e teremos a sublime alegria e satisfação indescritível de ver alguém se entregar a Cristo por meio de Deus nos usar como instrumentos do seu maravilhoso Evangelho.

Abraços
Walber Abraão

ATRIBUTOS DE DEUS

ATRIBUTOS MORAIS - 1º parte
(Resumo de Estudo ministrado pelo irmão WAlber Abraão)

Santidade
Heb. “Qadosh”
Grego “Hagios” separado, distinto

É o Atributo “Moral” “Majestade” que permeia e inclui todos os demais atributos morais juntamente com a justiça.
(Justiça→Justiça Santa)
(Amor→Amor Santo)

Perfeição Central Suprema.
- Deus é absolutamente distinto (separado) de toda a criação e exaltado acima dela e de todo o mal.

- É a plenitude da Excelência Moral perfeita. Deus é totalmente puro. Totalmente separado do pecado. Nada pode afetar Sua Natureza ou Caráter. Moralmente perfeito.

- É o padrão Moral aferidor da moralidade do homem.

- É o alvo de Deus para suas criaturas.
Habacuque 1:13a
Tiago 1:13
Lv. 11:44,45
1 Pe 1:15,16

Justiça

É a retidão da natureza divina, em virtude da qual Ele é infinitamente reto em Si mesmo e se mantém contra toda violação da Sua Santidade e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é Santo.

- A Justiça Santa de Deus se revela na consciência do homem. Nas Leis morais e éticas. Nas Leis das Escrituras e no caráter de Jesus Cristo.

- A Justiça Santa de Deus se revela na distribuição de recompensa e punições.

- Há na Justiça de Deus uma inseparável relação com Seu Caráter de Santidade.

- As recompensas não se baseiam em méritos propriamente ditos, mas é segundo a promessa, graça e bondade de Deus.

- Observe-se que o homem não merece a recompensa que lhe é dada, mas mereceu o castigo que lhe é imposto.

- A punição divina é imparcial e tem por propósito primordial a manutenção do direito e da justiça, exigência absoluta do caráter de Deus.

Sl. 99:4 Is. 33:22 Tg. 4:12 Sl. 19:7-9
Bondade

Atributo que incluem o Amor, a Graça e a Misericórdia de Deus. Mc. 10:18. Deus é a fonte do bem. Corresponde em todos os aspectos ao ideal Absoluto o Bem plenamente perfeito.

Amor

1 Jo. 3:16-18
1 Jo. 4:8 e 16

É o atributo de Bondade pelo qual Deus expressa continuamente atitudes em favor de suas criaturas tendo como base a Si mesmo.

- O Amor de Deus é independente, constante e não depende das obras da pessoa amada.

- O Amor de Deus se expressa em repreensão e disciplina.

- Deus exige atitude de amor em relação a Ele e entre suas criaturas.

- O Amor de Deus é soberano:
• Ele decide quando demonstrar amor;
• Ele decide como demonstrar amor;
• Ele decide por quem demonstrar amor.

A Graça de Deus

Dádiva imerecida

- É a demonstração do Amor de Deus não baseada nos méritos, valor ou merecimento de alguém, mas unicamente em Sua Própria Bondade.

Ef. 1:6,7
Ef. 2:8,9

Graça Comum

É a demonstração do Amor de Deus indistintamente a todas as criaturas. Por exemplo na manutenção da ordem social e a justiça civil, nas bênçãos gerais tais como: a chuva, o sol e o alimento e nas artes e talentos.

Sl. 145:9
Mt. 5:45

- A Graça comum restringe o pecado.

- A Graça comum promove a prática do bem social.

- A Graça comum é a fonte de bênçãos naturais.
Graça Especial

- A Graça especial de Deus possui um caráter eminentemente salvador e é exercida em favor dos redimidos.

- A Graça especial redime o pecador libertando-o do domínio do pecado.

- Deus é Soberano na manifestação da Graça especial.

Sl. 103:13,14

Misericórdia

É a bondade de Deus demonstrado para com aqueles que se acham na miséria ou aflição, necessitados do socorro divino.
Tt. 3:3-5,6

- Deus é soberano na demonstração de Sua Misericórdia.

continua...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Debates na IBC

Olá, participei de todos os debates e achei muito interessante todos eles! Nos dias de hoje o jovem precisa estar preparado para responder á luz da Bíblia questões como as que foram discutidas na IBC. Espero que tenhamos outros debates!

Parabéns!

Postagem em resposta ao tema: Apóstolos em nossos dias?

Não concordo porque apóstolo é aquele que viu o SENHOR, comissionado por ELE, Paulo mesmo se considera como um fora do tempo porque viu o SENHOR por último, ouviu Sua Maviosa voz, mesmo assim precisou autenticar seu ministério. Há uma grande confusão em torno disso, pois consideram o Apostolado como se fosse uma escala hierárquica e não um chamado específico para pessoas específicas. Há uma inversão tão grande de valores, o SENHOR disse que ninguém pode ser maior que O SENHOR e tantos perdem tempo com status e esquecem que O mais precioso e Santo, o Único e Bendito DEUS, é tão humilde. A Igreja do SENHOR, precisa conhecer e desfrutar CRISTO JESUS para sempre, curtí-LO, amá-LO, adorá-LO, então será Santa porque ELE é Santo. O SENHOR JESUS sendo DEUS Se despojou e serviu, porque não querermos tão somente sermos o que há de mais sublime para um salvo? Servo de JESUS!
O maior e mais profundo momento de um homem é quando ele está de joelhos diante de seu DEUS! Andemos assim, o mundo chora e é cego, caminha para o inferno sem Salvação. Porque não esquecer tudo e viver JESUS, ser servo do SENHOR JESUS? Pés descalços e mãos repletas de vida e Vida em Abundância" tiremos as sandálias e multipliquemos os pães e os peixes em nome do SENHOR JESUS. Esse é o nosso papel e função na terra até que o nosso Todo-Poderoso, Santo e Bendito REI JESUS volte!
Ray Câmara - Professora da classe de recém convertidos da IBC

Postagem em resposta ao Estudo sobre a Doutrina do Espírito Santo

Como é maravilhoso conhecer a DEUS, amá-LO, desfrutá-LO para sempre. Que ensino maravilhoso, pois nos fala do MARAVILHOSO DEUS, quanta beleza, quanta grandeza e singularidade. Que maravilha, saber isso que DEUS habita em todo remido, em todo salvo, que o DEUS Eterno Se importa e ama o pecador a ponto de enviar Seu FILHO, Seu Único FILHO para morrer por nós na Cruz do Calvário, nos dar Sua Palavra onde Se revela com tanta majestade e pureza e nos enviar Seu Espírito Santo para habitar nosso ser. Que DEUS Maravilhoso é o nosso DEUS! Ò Todo-Poderoso Yavé, Santo, Santo, Santo é O Teu Santíssimo Nome. Todo-Poderoso DEUS, Criador dos Céus e da Terra, as abas das Tuas vestes não cabem no universo, Tu ès Grande, Tu És Santo, Tu És Tremendo, DEUS Maravilhoso, Exaltado seja Teu Bendito e Santo Nome. Jeová Shamá, Eloim, Eloí, Grandioso DEUS, Te amamos, Te adoramos, de joelhos estamos diante do SENHOR, Digno, para sempre e eternamente, Tu ÉS DEUS! Aleluia! Ray Câmara - Professora da classe de recém convertidos da IBC

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pr. Silas Malafaia debate sobre homossexualismo na TV

O programa foi ao ar, com transmissão ao vivo diretamente do Estado de São Paulo, no complexo de estúdios do SBT.
Parte 1: Ex-Deputada federal Iara Bernardi entra no estúdio, faz argumentações preliminares. Reportagem externa do repórter Ney Inácio explica o que representa o PL, entrevista o Pr. Dilmo dos Santos (ministério CONAMAD), militantes de ONG pró-homossexualismo e transeuntes num reduto de gays próximo da Praça da República. Silas entra, presenteia o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, e sua assistente de palco com livro e Bíblia de Estudo. Em sua palavra preliminar diz que o PL 122/2006 deveria se chamar Lei do Privilégio. Ele recebe ovações da platéia.
Parte 2: Pastor Silas diz que homossexualismo é questão comportamental, ninguém nasce gay, aponta ao campo científico da Biologia, para a ordem cromossômica, que nos informa haver apenas macho e fêmea. Iara Bernardi diz que pessoas homossexuais não pedem para nascer gays, sem contestar a informação da ordem cromossômica, alega que o PL 122/2006 não afronta religiões e que o projeto visa coibir a população de externar preconceito. Silas denuncia que o PL 122/2006 foi posto para aprovação dos Senadores sem que eles soubessem, que os Militantes Gays agiram de maneira antiética e sorrateira numa madrugada do Senado Federal.
Parte 3: Iara: "O pastor está nervoso?" Silas: "quero informar que o meu temperamento não está em debate". Malafaia cita Senadores que não são evangélicos e são contra o PL 122/2006. Iara Bernardes cita dados numéricos de assassinatos de gays, sem credibilidade, que já contestados em outros fóruns. Silas chama o PL 122/2006 de bobagem, diz que o brasileiro realmente discriminado é o jovem e o pobre.

Nas considerações finais, o apresentador Ratinho brinca e diz torcer para que Malafaia continue só como pastor evangélico, porque se não for assim tomará o lugar dele. Risos.

Vídeos desse debate
Copie, cole e assista:
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=n8srofHw_2E
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=l8LyofTfpxw
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=8arLckAFHH8

A SOLIDÃO DE DEUS - A. W. Pink

A SOLIDÃO DE DEUS
A. W. Pink

A Solidão de Deus
O título deste texto talvez não seja suficientemente claro para indicar o seu tema. Isto se deve, em parte, ao fato de que hoje em dia bem poucas pessoas estão acostumadas a meditar nas perfeições pessoais de Deus. Dos que lêem ocasionalmente a Bíblia, bem poucos sabem da grandeza do caráter divino, que inspira temor e concita à adoração. Que Deus é grande em sabedoria, maravilhoso em poder, não obstante, cheio de misericórdia, muitos acham que pertencem ao conhecimento comum; contudo, chegar-se a um conhecimento adequado do seu ser, sua natureza, seus atributos, como estão revelados nas Escrituras Sagradas, é coisa que pouquíssimas pessoas têm alcançado nestes tempos degenerados. Deus é único na excelência do seu ser. “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?” [Êxodo 15. 11].
“No princípio… Deus…” [Gênesis 1.1]. Houve tempo, se é que se lhe pode chamar ‘tempo’, em que Deus na unidade de Sua natureza, habitava só (embora subsistindo igualmente em três pessoas divinas). “No princípio… Deus…”. Não existia o céu, onde a glória se manifesta particularmente a Sua glória. Não existia a terra, que Lhe ocupasse a atenção. Não existiam os anjos, que Lhe entoassem louvores, nem o universo, para ser sustentado pela palavra do Seu poder. Não havia nada, nem ninguém, se não Deus; e isso, não durante um dia, um ano, ou uma época, mas ‘desde sempre’. Durante uma eternidade passada, Deus esteve só: completo, suficiente, satisfeito em Si mesmo, de nada necessitando. Se um universo, ou anjos, ou seres humanos Lhe fossem necessários de algum modo, teriam sido chamados à existência desde toda a eternidade. Ao serem criados, nada acrescentaram a Deus essencialmente. Ele não muda [Malaquias 3.6], pelo que, essencialmente, a Sua glória não pode ser aumentada nem diminuída.
Deus não estava sob coação, nem obrigação, nem necessidade alguma de criar. Resolver faze-lo foi um ato puramente soberano de Sua parte, não produzido por nada alheio a Si próprio; não determinado por nada, senão o Seu próprio beneplácito, já que Ele “faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” [Efésios 1.1]. O fato de criar foi simplesmente para a manifestação da Sua glória. Será que algum dos nossos leitores imagina que fomos além do que nos autorizam as Escrituras? Então, o nosso apelo será a Lei e o Testemunho: “… levantai-vos, bendizei ao Senhor vosso Deus de eternidade em eternidade; ora bendigam o nome da tua glória, que está levantado sobre toda a benção e louvor” [Neemias 9.5]. Deus não ganha nada, nem sequer com a nossa adoração. Ele não precisava dessa glória externa de Sua graça, procedente de seus redimidos, porquanto é suficientemente glorioso em Si mesmo sem ela. Que foi que O moveu a predestinar Seus eleitos para o louvor da glória de Sua graça? Foi, como nos diz Efésios 1.5, “… o beneplácito de sua vontade”.
Sabemos que o elevado terreno que estamos pisando é novo e estranho para quase todos os nossos leitores; por esta razão faremos bem em andarmos devagar. Recorramos de novo às Escrituras. No final de Romanos capítulo 11, onde o apóstolo conclui sua longa argumentação sobre a salvação pela pura e soberana graça, pergunta ele: “Por que quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?” [vv. 34-35]. A importância disto é que é impossível submeter o Todo-Poderoso a quaisquer obrigações para com a criatura; Deus nada ganha da nossa parte. “Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá da tua mão? A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria a um filho do homem” [Jó 35.7,8], mas certamente não pode afetar a Deus, que é bem-aventurado em si mesmo. “… quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer” [Lucas 17.10] – nossa obediência não dá nenhum proveito a Deus.
De mais a mais, vamos além: nosso Senhor Jesus Cristo não acrescentou nada a Deus em Seu Ser essencial e à glória essencial do Seu ser, nem pelo que fez, nem pelo que sofreu. É certo, bendita e gloriosamente certo, que Ele nos manifestou a glória de Deus, porém nada acrescentou a Deus. Ele próprio o declara expressamente, e não há apelação quanto às Suas palavras: “… não tenho outro bem além de ti” [Salmo 16.2]. (Na versão utilizada pelo autor, literalmente: “… a minha bondade não chega a Ti”). Em toda a sua extensão, este é um Salmo sobre Cristo. A bondade e a justiça de Cristo alcançaram os Seus santos na terra [Salmo 16.3], mas Deus estava acima e, além disso tudo, pois unicamente Deus é ‘o Bendito’ [Marcos 14.61, no grego].
É absolutamente certo que Deus é honrado e desonrado pelos homens; não em Seu Ser essencial, mas em Seu caráter oficial. É igualmente certo que Deus tem sido ‘glorificado’ pela criação, pela providência e pela redenção. Não contestamos isso, e não ousamos faze-lo nem por um momento. Mas isso tudo tem que ver com a Sua glória declarativa e com o nosso reconhecimento dela. Todavia, se assim Lhe aprouvesse, Deus poderia ter continuado só, por toda a eternidade, sem dar a conhecer a Sua glória a qualquer criatura. Que fizesse ou não, foi determinado unicamente por Sua própria vontade. Ele era perfeitamente bem-aventurado em Si mesmo antes de ser chamada à existência a primeira criatura. E, que são para Ele todas as Suas criaturas, mesmo agora? Deixemos outra vez que as Escrituras dêem a resposta: “Eis que as nações são consideradas por ele como a gota dum balde, e como pó miúdo das balanças: eis que lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã. A quem pois fareis semelhante a Deus: ou com que o comparareis?” [Isaías 40.15-18]. Esse é o Deus das Escrituras; infelizmente Ele continua sendo o “Deus desconhecido” [Atos 17.23] para multidões desatentas. “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar; o que faz voltar ao nada os príncipes e torna coisa vã os juízes da terra” [Isaías 40.22,23]. Quão imensamente diverso é o Deus das Escrituras do ‘deus’ do púlpito comum!
O testemunho do Novo Testamento não tem nenhuma diferença do que vemos no Velho Testamento; como poderia ser, uma vez que ambos têm o mesmo Autor! Ali também lemos: “A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, o único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém” [1Timóteo 6.15,16]. O Ser que aí é descrito deve ser reverenciado, cultuado, adorado. Ele é solitário em Sua majestade, único em Sua excelência, incomparável em Suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém.
Um Deus tal não pode ser encontrado mediante investigação; só pode ser conhecido como e quando revelado ao coração pelo Espírito Santo, por meio da Palavra. É verdade que a criação manifesta um Criador, e isso com tanta clareza, que os homens ficam ‘inescusáveis’ [Romanos 1.10]; contudo, ainda temos que dizer com Jó: “Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos; e quão pouco é o que temos ouvido dele! Quem, pois entenderia o trovão do seu poder?” [Jó 26.14]. Cremos que o argumento baseado no desígnio, assim chamado, argumento apresentado por ‘apologetas’ bem intencionados, tem causado mais dano que benefício, pois tenta baixar o grande Deus ao nível do entendimento finito e, com isso, perde de vista a Sua singular excelência.
Tem-se feito uma analogia com o selvagem que achou um relógio e que, depois de detido exame, inferiu a existência de um relojoeiro. Até aqui, tudo bem. Tentemos ir mais longe, porém. Suponhamos que o selvagem procure formar uma concepção pessoal desse relojoeiro, de seus afetos pessoais, de suas maneiras; de sua disposição, conhecimentos e caráter moral – de tudo aquilo que se junta para compor uma personalidade. Poderia ele chegar a imaginar ou pensar num homem real – o homem que fabricou o relógio – de modo que pudesse dizer: “Eu o conheço”? Fazer perguntas como esta parece fútil, mas estará o eterno e infinito Deus tanto mais ao alcance da razão humana? Realmente, não. O Deus das Escrituras só pode ser conhecido por aqueles a quem Ele próprio Se dá a conhecer.
Tampouco o intelecto pode conhecer a Deus. “Deus é espírito…” [João 4.24] e, portanto, só pode ser conhecido espiritualmente. Mas o homem decaído não é espiritual; é carnal. Está morto para tudo que é espiritual. A menos que nasça de novo, que seja trazido sobrenaturalmente da morte para a vida, miraculosamente transferido das trevas para a luz, não pode sequer ver as coisas de Deus [João 3.3], e muito menos entende-las [1Coríntios 2.14]. É mister que o Espírito Santo brilhe em nossos corações (não no intelecto) para dar-nos o “… conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” [2Coríntios 4.6]. E até mesmo esse conhecimento espiritual é apenas fragmentário. A alma regenerada terá de “crescer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus” [2Pedro 3.18].
A nossa principal oração e finalidade como cristãos deve ser que possamos “… andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus” [Colossenses 1.10].
Arthur W. Pink

* Arthur W. Pink foi consagrado como pastor de uma igreja em Silverton, Colorado, EUA. em 1901. Posteriormente ministrou a Palavra de Deus em três continentes, mas segundo as opiniões populares da época, pouco realizou. Quando faleceu em 1952, no norte da Escócia, ele era quase desconhecido entre os evangélicos. No entanto, hoje, cinqüenta anos depois, ele se tornou uma influência mundial, contribuindo muito para uma fé e vida cristã marcadas por bastante seriedade.

Didaqué - O Ensino dos Apóstolos

Didaqué significa “instrução” ou “doutrina”. Trata-se de um escrito que data de fins do séc. I de nossa era e, portanto, bem próximo dos escritos do Novo Testamento. O nome “Instrução dos Doze Apóstolos” lembra At 2,42 (“o ensinamento dos apóstolos”), mas é difícil que a obra tenha sido escrita por algum deles ou seja de um só autor. Os estudiosos hoje estão de acordo em dizer que ela é fruto da reunião de várias fontes escritas ou orais, que retratam a tradição viva das comunidades cristãs do séc. I. Os lugares mais prováveis de sua origem são a Palestina ou a Síria.
A Didaqué é um manual de religião ou, melhor dizendo, uma espécie de catecismo dos primeiros cristãos. Esse documento nos permite conhecer as origens do cristianismo, e principalmente nos dá uma idéia de como eram a iniciação cristã, as celebrações, a organização e a vida das primeiras comunidades. O autor(ou autores) pertence ao meio
judaico-cristão, e dirige seu ensinamento a comunidades formadas por convertidos vindos principalmente do paganismo.
O conteúdo e o estilo da Didaqué lembram imediatamente muitos textos do Antigo e no Novo Testamento, bem como outros escritos cristãos do séc. I d.C. O tom e os temas de muitas exortações se parecem bastante com os da literatura sapiencial e diversos trechos dos evangelhos. Dessa forma, esse catecismo das comunidades da Igreja Primitiva é testemunho vivo de como os primeiros cristãos se alimentavam da Palavra de Deus contida nas Escrituras, transformando e interpretando os textos bíblicos em vista de suas necessidades e
situações.
A leitura da Didaqué faz logo sentir que as comunidades cristãs daquele tempo ainda não estavam completamente estruturadas. As comunidades não têm representante oficial fixo (padre ou vigário), os bispos e diáconos são mencionados de passagem, e não sabemos bem
quais funções exerciam. Fala-se diversas vezes em “apóstolos, profetas e mestres”, dando a impressão de que eram propriamente pregadores itinerantes a serviço de diversas comunidades. Por outro lado, nota-se que a liturgia é também muito simples e se resume a
celebrações feitas em clima doméstico. Os sacramentos mencionados pertencem à iniciação cristã – batismo, confissão, eucaristia – e parecem ser todos administrados pela comunidade, e não por um membro do clero, ainda inexistente.
Visível, contudo, é o clima que a comunidade vive, dentro de uma sociedade estruturalmente pagã. A preocupação de não se confundir com o ambiente, de não se deixar manipular por aproveitadores oportunistas (até mesmo disfarçados de profetas), a esperança
um pouco nervosa de uma escatologia próxima e o tema da perseverança heróica no caminho da fé são características das comunidades nascentes, que ainda estão descobrindo sua vocação e missão no mundo